quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Wish You Were Here / sinopse + 1 capituloo

Sinopse: Já fazia um mês. Mais de um mês sem viver, apenas sobreviver.
Estava no meu quarto como fazia todos os dias desde que ela me deixou. 
(sinopse horrível eu sei, mas não tinha ideia do que colocar! =S)
Gêneros: Amizade, Drama, Romance, Songfic
Avisos: Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Mutilação
 É uma OneShot Semi , Nenhuma das duas é famosa,Eu crie suas personalidades , A Demi sofre de Cutting (Ato de se cortar)


Capitulooo 


(capa nao me pertence )



Wish You Were Here // OneShot

POV Demi

Era mais uma noite sem dormir. Estava deitada na minha cama, os lençóis espalhados pela mesma, minhas pernas descobertas pelo mini shorts preto do pijama. Chovia forte, do lado de fora era capaz de ouvir os grossos pingos da chuva, mais o vento forte. Uma pessoa normal estaria debaixo de duas cobertas no mínimo e com um copo de chocolate quente nas mãos. Mas eu não estava com frio, muito pelo contrário eu suava.
Olhei para o relógio digital, seus números brilhavam na cor vermelha em cima da minha mesa de cabeceira. Eram 4:30am.
Suspirei. Hoje me superei, pensei comigo mesma. Dormi por meia hora. O maior tempo desde um mês atrás. Acordei com um pesadelo. Na verdade não chamaria de pesadelo, pois nenhum pesadelo teria, ela. Seria mais um sonho ruim.
Me sentei na cama em perna de índio, peguei o copo de água ao lado do relógio e tomei um grande gole, fechando os olhos e respirando fundo em seguida.
Ela me perseguia em meus sonhos todos os dias. E todos eles eram iguais, sonhos ruins, mas quem me dera fosse somente um sonho ruim. Mas não, era uma lembrança ruim.
Fechei os olhos com força tentando segurar as lágrimas. Não choraria de novo, não porela. Foi uma promessa que fiz algumas semanas antes, quando percebi a preocupação nos olhos da minha família e amigos. Também estava cansada das mesmas perguntas todos os benditos dias. “Oque aconteceu?”, “Você está bem?”, “O que posso fazer para te ajudar?”. Todas essas perguntas não respondidas por mim. Tudo que eu fazia era suspirar e sair andando ignorando as perguntas.
Odiava fazer isso, mas não tinha escolha. Não poderia contar para todos uma coisa que eles nem sabiam que existia. Sim, existia, pois não existe mais, graças a ela. Ela estragou tudo, anos de planos e sonhos destruídos em minutos.
Apertei o copo com mais força ainda de olhos fechados. Não posso lembrar, não quero. Respirei fundo três vezes antes de abri os olhos e colocar o copo no lugar.
Olhei para o meu quarto escuro, iluminado somente pela fraca luz do abajur. Ele estava uma bagunça. Roupas espalhadas pelo chão, bolinhas de papeis que penso ser música inacabadas, papeis de chocolates vazios e garrafinhas de água e coca-cola.
Suspirei, preciso arrumar o meu quarto.
No meio de tanta bagunça avistei uma camiseta. Era branca com o desenho do Power Rangers, sorri ou lembrar do dia que a ganhei.

FlashBack On
Eu estava na casa dela, era uma sexta feira e como ritual umas da duas ia dormir na casa da outra. Hoje era o dia de eu dormir na casa dela.
Estávamos na deitadas na sua cama assistindo Friends e comendo porcarias. Foi quando passou uma parte engraçada e eu estava tomando um gole do seu copo de coca-cola e acabei cuspindo tudo no meu colo. Ela caiu na risada.
– Você é muito desastrada, Demi. – falou ainda rindo.
– Não foi culpa minha se essa parte foi passar bem na parte que eu estava tomando coca cola. – fiz bico.
Ela continuou rindo e eu olhei para a minha camiseta.
– Droga! – xinguei. – Minha mãe vai me matar.
Falei, o que a fez rir ainda mais.
– Dá para parar de rir e emprestar uma camiseta? – perguntei fingindo estar brava.
– Põem a do pijama, ué.
– Você sabe que eu não gosto de por ela sem tomar banho antes.
– Fora que você pode sujá-la também. – riu. – Vai no meu armário e escolhe uma outra. – falou voltando a atenção para a TV.
Fui até o seu armário e procurei uma camiseta até que uma me chamou a atenção. Era do Power Rangers. Ri e isso lhe chamou a atenção.
– O que foi? – perguntou tirando os olhos da TV e os colocando em mim.
– Não sabia que tinha uma camiseta assim. – falei lhe mostrando a camiseta.
– Eu gosto, e a uso para dormir. Por quê? Algum problema com isso? – perguntou.
– Não, não. Na verdade achei fofo. – falei e ela logo corou.
Tirei minha camiseta suja agradecendo por estar de sutiã e a coloquei.
– O que está fazendo? Não me lembro de falar que podia usá-la. – brincou.
– E não precisa. Gostei tanto dela que vou usar, aliás, vou pegar pra mim. – falei decidida.
– Mas...
– E nada do que você falar vai mudar a minha decisão. – a interrompi.
Voltei para a cama e acabei dormindo com a camiseta e o seu cheiro, que por sinal era maravilhoso.
FlashBack OFF

Sorri com a lembrança. Desde aquela época eu já a amava e depois daquele dia, ela não sabia mas sua camiseta virou meu pijama.
Meus olhos embaçaram, mas os fechei antes de alguma lágrima descer por eles. Não vou mais chorar por algo que nunca foi realmente meu.
Me levantei da cama e fui para a janela. Chovia muito forte, a noite escura sendo iluminada pelos raios que apareciam uma hora ou outra, junto com o som estrondoso.
Era assim que me sentia por dentro. Fria, escura, sozinha em uma noite chuvosa em que a cada trovão um novo corte em meu coração.
A dor em meu coração começando novamente. Tinha que fazê-la parar, mesmo sabendo ser impossível. Só existe um único remédio que possa curá-lo e nesse momento ele está o mais distante de mim.
Fui para o banheiro, desviando da minha “bagunça”. Acendi a luz e me olhei no espelho. Cabelo bagunçado daria a impressão de que acabei de acordar, mas as olheiras denunciam a falta de sono. Minha pele estava mais branca que o normal, dava para notar que eu emagreci.
Suspirei. Parecia uma morta-viva. É o que ela diria se estivesse aqui e eu lhe diria que ela está exagerando, mas ela não está. Não mais.
A dor no coração agora mais forte. Apoiei as mãos no mármore frio da pia, abaixei a cabeça e respirei fundo antes de estender o meu braço direito para abrir a terceira gaveta do móvel e o no fundo da mesma tirar “alívio para dor” por assim dizer.
Empurrei a peça do estilete, colocando a lâmina a vista, brilhante como sempre. Mirei em meu pulso esquerdo onde três marcas rosadas e recentes se encontravam. Apoiei sobre a primeira, fechei os olhos e coloquei força. Mordei o lábio inferior para evitar o gemido de dor e assim não acordar ninguém na casa. A ardência começou, depois a dor e o alívio. Fiz o mesmo com as outras duas marcas. Depois de segundos a dor física se foi dando espaço a dor emocional.
Senti uma lágrima descer pelo meu rosto que foi logo limpo pela minha mão. Suspirei frustrada pela dor ter indo embora então recorri minha garrafinha. Tirei a garrafinha de álcool da mesma gaveta junto com um par de gazes, molhei uma gaze no álcool e pressionei contra os cortes fechando os olhos com força e mordendo o lábio novamente.
Senti uma tontura, o que já era normal para mim. Me apoiei na parede contrária da pia e escorreguei para o chão ainda segurando a gaze nos cortes. Respirei fundo algumas vezes e quando a tontura passou, me levantei coloquei a outra gaze as prendi com um esparadrapo. Limpei o estilete com o álcool e guardei tudo de volta na lugar.
Apaguei a luz e lentamente andei até o meu quarto ainda sentindo um pouco de tontura.
Me sentei na beirada da cama ficando de frente para a porta de madeira branca e fechadura dourada redonda. Olhei para a janela, olhei para o céu onde já se via os primeiros raios de luz sendo coberto agora por uma fina garoa. Olhei para o relógio que agora marcava 6:45am.
Suspirei fechando os olhos e logo sendo tomada por uma melodia que se formou em minha cabeça. Os abri lentamente e mirei meu violão bege com o escudo em um tom marrom, ou como chamo “minha válvula de escape”. Caminhei até ele o tirando do seu suporte. Voltei para a cama só que agora abrindo espaço no chão e me sentando no mesmo e me encostando na cama. Apoiei o violão na minha perna direita e comecei a dedilhar a melodia que antes ocupava a minha mente.
Logo uma letra se formou em minha cabeça
(*)
I can be tough
(Eu posso ser firme)
I can be strong
(Eu posso ser forte)
But with you It's not like that at all
(Mas contigo ,isto não é assim.)

FlashBack ON

Estava no corredor da escola indo para aula. Eu tinha sete anos na época, todos na escola tinham medo de mim, pois já tinha sido suspensa por bater em uma menina que me xingou. Não tinha muita paciência com ninguém de lá. Estava ouvindo música no meu IPod novo que tinha ganhado de aniversário quando alguém esbarrou em mim o fazendo cair no chão.
– Eí! Olha por onde anda! – gritei fazendo algumas crianças pararem e me olharem assustada.
– D-desculpa eu não vi você, estava distraída. – a menina mas linda que já vi falou.
Ela tinha os olhos castanhos como um chocolate, cabelo escuro, seu rosto era meio redondo e seus lábios carnudos e rosados. O que me fez ter vontade de prová-los, o que achei estranho.
– N-não tem problema. – gaguejei. – Eu te ajudo. – estendi a mão e a ajudei a levantar.
– Desculpa mesmo, é q-que eu sou n-nova aqui. – corou e olhou para baixo.
Sorri a vendo corar.
– Tudo bem, se quiser te mostro a escola. – falei sorrindo.
– Sério?
Ela abriu o sorriso mais lindo do mundo o que me fez sorrir ainda mais se possível.
–Sim. Eu sou Demi. – falei e quando ia estender a mão notei que ainda estava de mãos dadas com ela.
– S-selena. – corou de novo.
Balancei nossas mão juntas a fazendo soltar uma risada, que eu amei.

FlashBack OFF

Mal sabíamos que desde aquele primeiro momento eu já estava totalmente apaixonada por ela.

There's a girl
(Há uma garota)
That gives a shit
(Que não dá a mínima)
Behind this wall
(Por trás desta parede)
You've just walk through it
(Que você simplesmente atravessa)
And I remember
(E eu lembro-me)
All those crazy things you Said
(Todas aquelas coisas malucas que você disse)
You left them riding through my head
(Você as deixou rodando na minha cabeça)
FlashBack ON
Estávamos deitadas na minha cama, ela estava com a cabeça no meu peito e o braço direito segurava a minha cintura. Hoje fazíamos um mês que estávamos juntas, mas ao invés de sair resolvemos só ficar juntas na minha cama, já que não tinha ninguém em casa.
Meu braço direito a segurava ainda mais perto de mim e minha cabeça estava apoiada na sua de forma que eu sentisse o cheiro do seu champoo de morango que eu adorava. Minha outra mão brincava com os seus dedos que estavam na minha cintura.
– Sabe, quando nos formarmos poderíamos fazer uma viagem por todo o Estados Unidos. – ela falou animada.
– Viajem? – perguntei franzindo o cenho ainda de olhos fechado.
– É daquelas que nós levamos pouco dinheiro, aí nós arranjamos um emprego em algum lugar e depois bota o pé na estrada de novo. Seria divertido, só eu você e nosso carro.
– Nosso carro? – perguntei abrindo os olhos e a encontrando me encarando com um sorriso.
– Claro. Agora que estamos juntas tudo que é meu é seu, babe. – falou sorrindo e eu sorri de volta. – Depois que voltarmos, nós fazemos a faculdade, depois de arranjarmos um emprego vamos nos casar e depois de dois ou três anos vamos ter nosso primeiro filho. – falou orgulhosa por ter todo um plano de vida na cabeça.
Eu ri e ela fez bico.
– Não estou rindo por achar engraçado. – me expliquei a fazendo me encarar confusa. – Eu gostei. – continuei e a vi fazer uma cara de desconfiada me fazendo rir ainda mais. – É sério! Eu adoraria viver esse seu plano de vida....Sra. Selena Marie Gomez Lovato.
Ela abriu o maior e mais lindo sorriso que já vi antes.
– Então está combinado, Sra. Demetria Devonne Lovato Gomez.
Não resisti e lhe beijei.
FlashBack OFF

A essa hora lágrimas já escorriam pelo meu rosto.

You're always there
(Você sempre está lá)
You're everywhere
(Você está em toda parte)
But right now I wish you were here
(Mas agora eu gostaria que você estivesse aqui)
All those crazy things we did
(Todas as coisas loucas que fizemos)
Didn't think about it
(Não pensamos sobre elas)
Just went with it
(Só fomos na onda)
You're always there
(Você está sempre lá)
You're everywhere
(Você está em todo lugar)
But right now I wish you were here
(Mas agora eu gostaria que você estivesse aqui)
FlashBack ON

– Não acredito que estamos fazendo isso. – falei nervosa.
– Relaxa, Dems. Ninguém vai nos pegar aqui. – falou e começou a tirar a roupa. – Só...pare um pouco de pensar no que vai acontecer depois e se deixe levar pelo agora, okay?
Seu biquíni azul lhe caia perfeitamente no corpo. Tirei minhas roupas ficando somente de biquíni preto. Eram 1:30am e estávamos invadindo o clube só porque a senhorita do meu lado teve vontade de nadar.
– Tudo bem. – respondi.
A vi se jogar na piscina.
– Vem...está um delícia. – fez uma cara maliciosa.
Pulei na piscina e quando cheguei a superfície não tive tempo nem de abri os olhos, pois senti seus lábios nos meus iniciando um beijo um pouco, digamos assim, selvagem.
– Na piscina? – falei parando o beijo e a olhando incrédula. – Tem certeza, pode ter alg...
– Tenho sim, e não tem ninguém aqui a essa hora. – seu sorriso maligno e malicioso ao mesmo tempo me deixou com um pouco de medo.
– O-kay.
A puxei para um outro beijo a sentindo colocar as pernas envolta da minha cintura e eu automaticamente coloquei minhas mãos na sua bunda apertando e logo em seguida a ouvi gemer em minha boca.
Essa noite seria longa.

Logo após nossa “festinha na piscina” um segurança nos pegou. Ainda bem que já estávamos vestidas. Ele nos mandou embora e quando ele já tinha ido embora caímos na gargalhada.
FlasjBack OFF
Forcei meus olhos fechados com as lembranças, minha voz soava fraca pelo choro.

Damn, Damn, Damn
(Droga, Droga, Droga)
What I'd do to have you
(O que eu faria para ter você)
Here, here, here
(Aqui, aqui, aqui)
I wish you were here
(Eu gostaria que você estivesse aqui)
Damn, Damn, Damn
(Droga, Droga, Droga)
What I'd do to have you
(O que eu faria para ter você por)
Near, near, near
(Perto, perto, perto)
I wish you were here
(Eu queria que você estivesse aqui)
I love the way you are
(Eu amo seu jeito)
It's who I am
(É quem eu sou)
Don't have to try hard
(Não preciso forçar)
We always say
(Nós sempre dizemos)
Say it like it is
(Diga as coisas como são)
And the truth
(E a verdade)
Is that a really miss
(É que realmente sinto sua falta)
All those crazy things you Said
(Todas aquelas coisas malucas que você disse)
You left them running through my head
(Você as deixou correndo pela minha cabeça)
You're always there
(Você sempre está lá)
You're everywhere
(Você está em toda parte)
But right now I wish you were here
(Mas agora eu gostaria que você estivesse aqui)
All those crazy things we did
(De todas as coisas loucas que fizemos)
Didn't think about
(Não pensamos sobre elas)
Just went with it
(Só fomos na onda)
You're always there
(Você está sempre lá)
You're everywhere
(Você está em todo lugar)
But right now I wish you were here
(Mas agora mesmo, eu gostaria que você estivesse aqui)
Damn, Damn, Damn
(Droga, Droga, Droga)
What I'd do to have you
(O que eu faria para ter você)
Here, here, here
(Aqui, aqui, aqui)
I wish you were here
(Eu gostaria que você estivesse aqui)
Damn, Damn, Damn
(Droga, Droga, Droga)
What I'd do to have you
(O que eu faria para ter você)
Near, near, near
(Perto, perto, perto)
I wish you were here
(Eu gostaria que você estivesse aqui)
No I don't wanna let go
(Não eu, Eu não quero deixar você ir)
I just wanna let you know
(Só quero que você saiba)
That I never want to let go, oh, oh
(Que eu nunca deixarei ir, deixarei ir oh oh)
No I don't wanna let go
(Não eu, Eu não quero te deixar ir)
I just wanna let you know
(Só quero que você saiba)
That I never want to let go, let go,
(Que eu nunca deixarei ir, deixarei ir,)
Let go,let go,let go,let go,let go!!
(Deixarei ir, deixarei ir, deixarei ir!!)
Damn, Damn, Damn
(Droga, Droga, Droga)
What I'd do to have you
(O que eu faria para ter você)
Here, here, here
(Aqui, aqui, aqui)
I wish you were here
(Eu gostaria que você estivesse aqui)
Damn, Damn, Damn
(Droga, Droga, Droga)
What I'd do to have you
(O que eu faria para ter você)
Near, near, near
(Perto, perto, perto)
I wish you were here
(Eu gostaria que você estivesse aqui) x2

Quando acabei de cantar o choro e os soluços tomaram conta de mim. Odiava pensar que eu a deixei escapar. Odiava pensar que não era tudo o que ela queria ou merecia. Agora ela está lá, em uma viajem com a sua “melhor amiga” Taylor. Ela iriam passar as férias em um sítio do avô da Taylor, o pior. Sozinhas.
Só de pensar nisso, as lágrimas aumentavam junto com os soluços.
Eu tinha seu coração nas mão e não fui forte o suficiente para segurá-lo o deixando escapar pelas mãos. Ele agora deve pertencer à outra pessoa.
Apoiei a cabeça na cama de olhos fechados e assim fiquei por minutos, até perceber o tamanho da dor. Tinha que aliviá-la de novo.
Coloquei meu violão na cama e fui para o banheiro, estava tremendo e isso dificultou um pouco as coisas. Peguei meu estilete, tirei as gazes as jogando no lixo, fechei os olhos e passei os estiletes pelas marcas ainda não cicatrizadas.
Gemi de dor e alívio, mas abri os olhos em choque ao ouvir aquela voz.
– O que está fazendo?
Olhei pelo espelho e notei que Selena estava lá. Meus olhos se arregalaram, mas logo os fechei pensando ser imaginação, mas quando os abri novamente ela ainda estava lá, lágrimas desciam do seu rosto e dava para ver o choque no mesmo.
– S-selena? – minha voz saiu rouca e fraca pela dor e o choro.
– O que está fazendo, Demi? – disse com a voz mais dura e expressão séria.
– E-eu...nada. – me virei para tampar os cortes, mas sua mão agarrou meu pulso direito.
– Demi... – falou assustada com os olhos arregalados. – E-eu não acredito...por que?
Puxei meu pulso do seu violentamente oque foi uma má idéia, a tontura começou e me senti caindo para trás e se não fosse por Selena ter me segurado já estaria no chão.
– Demi! – falou alto. – Você está bem?
Não respondi, olhei para o meu braço concluindo e minha a minha teoria.
– Droga! – falei com o resto de voz que me sobrou.
– Oque? – perguntou aflita. – Me respondi, por favor. – já implorava com lágrimas saindo do rosto.
– E-eu...- não consegui concluir a frase, estava sem voz e fazia o máximo para não desmaiar.
Me cortei mais fundo do que pretendia, ou seja, muita perda de sangue é igual a desmaio e se não for socorrida a tempo...morte.
Mas estava feliz, se eu morrer vou acabar com a dor que sinto e ainda tenho a chance de vê-la novamente.
Sentia meu corpo começar a ficar dormente e minha visão escurecer.
– M-me b-beija? – perguntei com o resto de voz que me sobrou.
– Oque? – perguntou confusa em meio ao choro.
– S-só me b-beija.
Fechei meus olhos ao sentir seus lábios quentes e grossos nos meus. Eram como me lembravam uma mistura de doce e salgado pelas lágrimas. O sabor perfeito.
Depois não senti mais nada. A única coisa que sei é que deixei escapar um eu te amoantes de cair na inconsciência.

Acordei com uma dor de cabeça horrível, mas quando tentei abrir os olhos o branco da parede mais a luz do sol me fizeram fechar imediatamente tentando impedir uma dor maior de cabeça.
– Como ela está? – ouvi minha mãe perguntar a alguém.
– Disseram que ela vai ficar bem, mas ela está dormindo por muito tempo. – percebi a voz aflita de Selena.
Então não foi um sonho? Foi tudo real, a Selena no meu banheiro, suas lágrimas, nosso beijo. Mas por que? Por que ela voltou do nada e ainda por cima me pegou no pior momento? Perguntas invadiam a minha mente fazendo a dor de cabeça piorar.
Gemi de dor e acho que chamei a atenção de todos, pois o silêncio tomou conta da onde quer que eu esteja e uma mão segurou a minha.
Correntes elétricas subiram pelo meu braço tomando conta do meu corpo. Essa mão quente e macia que me causavam as melhores sensações só poderiam ser dela, Selena.
– Demi consegue me ouvir? – perguntou apreensiva. – Se puder tente abri os olhos.
Tentei novamente e novamente a luz me segou e eu os fechei. Apertei os olhos com força e os abri novamente agora me acostumando com a luz dando várias piscadas até conseguir abri completamente.
A primeira coisa que eu vi foi o seu sorriso, seu lindo sorriso que me faz querer sorrir de volta, mas não podia, não sem uma explicação primeiro. Olhei em volta.
– O-onde est-tou? –minha voz estava rouca, fraca e seca, muito seca.
– No hospital. – me respondeu pegando um copo em cima de uma mesinha. – Aqui, beba.
Me deu o copo mas estava muito fraca para segurá-lo e Selena vendo a cena tentando disfarçar o riso.
– Deixa que eu te dou. – tomou o copo de mim antes de que eu poça derrubá-lo e o colocou em meu lábios.
Tomei toda a água e pedi por mais. Enquanto Selena ia buscar a água eu pensava em tudo que está acontecendo. Por que ela estava fazendo isso por mim?

– Aqui. – falou me tirando dos pensamentos.
Dessa vez consegui segurar o copo.
– Obrigada. – falei já com a voz normal.
Ela sorriu em resposta.
– Você me deu um susto sabia? – tentou parecer divertida mais consegui captar a tristeza em sua voz.
– Por que? – perguntei.
Ela me olhou confusa.
–Por que o que?
– Por que está fazendo tudo isso por mim?
– E-eu...Demi somos amigas, não somos?
Não! Eu quero ser mais que sua amiga, Selena!, minha mente gritava.
– S-sim. – respondi com dificuldade.
– Está sentindo alguma coisa? – perguntou preocupada.
Neguei com a cabeça.
– Podemos ser amigas, mas o que me lembre você estava em uma viajem com a suamelhor amiga. – falei dando ênfase no “melhor”.
– Está com ciúmes? – perguntou divertida.
Sim!
– Não. Só quero saber porque voltou de viajem antes do previsto e o que estava fazendo na minha casa. – menti uma parte.
Selena suspirou.
– Eu não agüentava mais. Tinha que voltar e...Demi eu sei que vai parecer estranho, mas eu ainda te amo, e muito.
– Ama? Se amasse não terminaria comigo! – praticamente gritei.
Selena foi até a porta e a fechou para não incomodar os outros pacientes.
– Eu só quero voltar. – falou olhando para nossas mão juntas.
Tirei minha mão da sua a deixando surpresa.
– Pelo que eu me lembre foi você quem terminou, alegando não servir para ficar presa em um relacionamento. – disse entre dentes.
– Eu sei o que eu disse. – sua voz não passou de um sussurro. – Mas isso foi antes de eu perceber não saber viver sem você ao meu lado.
Aquilo fez meu coração pular uma batida e ela percebeu pelo aparelho ligado a mim.
– Está tud...
– Está. – não a deixei terminar. – Você viu o quanto eu sofri, por esse término. – lhe mostrei meu pulso e a percebi fechar os olhos. – Mas não sabe o quanto eu chorei por dias e noites sem sair de casa com meus pais e irmãs, não sabe o quanto não dormi sentido falta do seu corpo ao lado do meu e por sonhar todo dia com o mesmo bendito dia em que você terminou comigo!
Lágrimas já caiam dos olhos de ambas.
– Me desculpe. – sussurrou. – O que eu menos queria era te fazer sofrer.
– Mas fez! – gritei a fazendo se encolher. Respirei fundo antes de continuar. – Mas eu te agradeço por isso.
Selena levantou o rosto assustada.
– Agradeço, pois graças a você eu sei qual é a pior dor que pode existir e aprendi a lidar com ela. – menti na segunda parte.
– V-você quer dizer que não vai voltar comigo? – perguntou deixando escapar algumas lágrimas a mais.
– Não. – suspirei. – O que eu disse quis dizer que eu não quero voltar e sofrer a mesma dor e perda novamente. – falei calmamente.
– Mas eu nunca far...
– Não diga nunca...é um longo tempo. – falei de olhos fechados.
– Demi olha para mim. – falou.
Abri os olhos para encontrar os seus chorosos.
– Eu te deixei ir uma vez, terminei com você e isso foi a pior coisa que já fiz e poderia fazer na vida e pode ter certeza que não cometerei esse erro novamente. Você é a minha vida e como eu posso viver sem a minha vida? – me perguntou. – E-eu demorei para perceber o quanto você é importante para mim e acabei machucando nó duas, mas isso me fez crescer e ver o quão estúpida eu fui por deixar a minha vida. Tudo que eu peço é só mais uma chance, se eu errar novamente eu prometo sair da sua vida para sempre. – implorou já soluçando.
– E-eu... – suspirei. – Eu quis deixar você ir. – lembrei do trecho da música.
A vi sorrir.
– Prometo não te machucar mais. – falou sorrindo ainda com lágrimas.
Limpei suas lágrimas e sorri de volta.
– Me beija? – foi a vez dela perguntar.
Sorri.
– Você ainda pergunta? Vem aqui.
À puxei pelo casaco a fazendo cair em cima de mim. Passei meus braços por seu pescoço e a beijei.
Depois de minutos nos beijando quando o ar faltou nos separamos.
– Eu te amo. – ela sussurrou.
– Eu te amo mais. – falei.
– Impossível. – sorriu. – A propósito, aquele pijama curtinho te deixa muito sexy. – sussurrou no meu ouvido se afastando em seguida.
Eu corei, e muito.
Ela colocou a mão em minha perna por baixo do cobertor e foi subindo. Meu coração começou a disparar.
– Oque você...aqui? – perguntei incrédula ao ver seu sorriso malicioso.
– Não na verdade só queira ver o efeito que causo em você. – apontou para a máquina que mostrava meus batimentos cárdicos acelerados.
– Idiota. – bati em seu braço a fazendo rir.
Tudo estava de volta ao normal, eu estava de volta ao lugar de onde nunca deveria ter saído. Do seu lado. Do seu coração. Agora sim ela estava onde eu queria.

FIM!

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