– Demi, tudo bem? – Katherin mantinha a voz baixa.
– Hm? Sim, porque não seria? – Demi despertou ao tom preocupado da namorada, a focando rapidamente.
– Parece meio desligada. – a morena sorriu feliz fazendo Demi imitá-la. – Você parece sua mãe quando sorri.
– O que? – perguntou a criança confusa.
– Hm, só pensando em voz alta. – disfarçou a outra, passando a mão no cabelo.
Mas seu coração parou ao observar a figura conhecida entrar na sala.
Selena
não tinha idéia do porque tinha cedido tão fácil ao ter uma noite com.
Mesmo que suspirasse inconscientemente quando lembranças das sensações
lhe invadiam, foi errado. Mas, mais errado ainda, foi não trocar uma
palavra se quer sobre o assunto com Demi após.
A mãe de família sabia que Demi estava em casa e desde aquela noite sempre evitava ficar sozinha com a garota.
Sua intenção era somente pegar um copo de água, mas para isso seria obrigada a passar pelas vozes da sala, ou melhor, pela voz na sala.
Adentrou o aposento, mas não conteve um olhar rápido para as figuras no sofá. Focando secretamente uma.
Paralisou
por um segundo ao assistir Demi sobre o couro preto do móvel caro
enquanto Katherin descansava a cabeça em seu pescoço. As mãos da mais
velha fecharam-se em punho fortemente, fazendo-a perceber o movimento e
suspirar desviando o olhar que Demi ameaçou lançá-la.
Conteu a
vontade de correr e caminhou tão normalmente quanto pode ao ver a filha
brincar com as pontas de cabelos pretos pelo canto dos olhos.
Suspirou
quando soube não poder mais ser vista, as mãos comprimindo as têmporas
levemente aplicando a pressão necessária para causar alguma dor.
– O que esta acontecendo... – sussurrava baixo para si mesmo, lembrando repentinamente o que viera fazer.
Abriu a geladeira agarrando sua típica garrafa pequena.
Respirou
fundo querendo volta definitivamente para o quarto, o primeiro passo
para fora da cozinha foi dado e logo recuado diante de cena.
Um dos problemas era que Katherin estava bloqueando o começo da escadaria e o outro era o beijo compartilhado pelos corpos.
Fechou os olhos com força se recusando a admitir o forte ciúme em seu peito apertado, mas o ato não terminava.
Katherin
se afastou letamente de Demi, quando Selena tentou mais uma vez a
possibilidade de passar. Mas no fundo queria escutar a voz rouca
pós-beijo de Demi.
– Tem certeza que esta bem? – perguntou sua filha.
– Sim. – Demi sorriu na mascara da mentira que contou. – Mas realmente preciso ir, Dean quer que feche a academia de luta hoje.
– Você volta?
– Provavelmente não. – bicou os lábios mais uma vez.
– Quer que te acompanhe até a porta? – perguntou.
– Não acha que tenho idade suficiente para isso? – zombou a jovem adulta. – Pode ir.
Katherin
subiu as escadas estranhando o comportamento da namorada, mas não tinha
como seus pensamentos fantasiassem um motivo. Era uma simples
adolescente, criança demais para uma malicia para com a garota que
gostava.
O sorriso de Demi desapareceu no exato momento que a mais nova não foi mais avistada.
Colocou
as mãos nos bolsos da tão característica jaqueta de couro ao virar em
direção a porta, mas seu olhar foi preso em algo bem antes da madeira.
O coração de Selena falhou uma batida quando sentiu os olhos nos seus. Aquele rosto tão sério que o fazia sexy.
Balançou
a cabeça suavemente quando tais pensamentos começaram a florescer,
andando em linha reta para a estaca ao lado da mais nova.
– Não vai falar nada? – começou Demi, ao assistir a quebra de olhares.
– Foi um erro.
– Foi a melhor noite da minha vida.
Selena parou no segundo degrau para a frase, virando-se para a jovem adulta.
– Você namorada minha filha! – explicou como se Demi não tivesse percebido. – Isso não pode acontecer de novo.
– É só esse o motivo? – questionou confiante. – Porque sou namorada de sua filha?
– Porque pergunta isso? – pediu confusa.
– Porque se sim, posso resolver isso. – respondeu simplesmente a mais nova.
–
Nunca pense nisso novamente. – ordenou Selena com autoridade ao
perceber os planos da outra. – Escute Demetria, esta usando minha filha?
– Não. – respondeu rapidamente. – Bem, não no começo.
– Demi! – repreendeu. – Eu... eu... isso não...
Com
um movimento rápido, Demi puxou o braço da morena fazendo-a pular os
meros três degraus que havia conseguido vencer. Selena fechou os olhos
esperando algum ato acontecer, deixando que o desejo de sentir-se
beijada a tomasse mas nada aconteceu por segundos seguidos até abrir os
olhos.
O rosto da mais jovem estava a tão próximo do seu que um simples aceno lento de cabeça já fazia os lábios se tocarem.
– Aqui não. – sussurrou para a outra. O tom mais manso e abalado que planejava.
Demi
molhou os lábios removendo os dedos que prendiam fortemente o braço da
outra, prevendo qualquer tentativa de fugir. Coisa que não aconteceu.
– Okay. – falou, o começo de tom irritado. – Mas sabia que esse seu jogo esta me deixando com raiva.
Selena oscilou quando a pele fria deixou a sua com brutalidade, claramente impaciente.
– Demi... – tentou fazer a outra olhar para si, mas foi inútil, continuando seu caminho rápido até a porta. – Demi, volte aqui.
A mais velha, correu ao ficar entre a madeira e o corpo de cabelos negros.
– O que? – Demi suspirou cansada. – Agora o jogo é bipolar também?
–
Me desculpe. – não sabia muito bem pelo que estava se desculpando, mas
pareceu necessário. – Eu quero te beijar, mas não posso.
– Assim
como não podia se esgueirar para meu quarto naquela noite? – questionou
claramente brava. – Assim como eu não podia ter aceitado seu jogo? Okay,
agora me deixe ir.
– Não. – respondeu firmemente.
Deixe-a ir; implorou sua mente. Mas não podia.
– Porque? – perguntou aproximando desafiadoramente o rosto do dela. – Até agora você só me evitou.
Agora
Selena se sentia como um de seus rivais numa luta de boxe e provou o
quanto poderia ser ameaçadora, mas era tudo muito sexy para prestar
determinada atenção.
– Porque... quero te beijar. – falou em voz baixa, passando os dedos pelo ombro coberto pelo couro ao abaixar o olhar para ele.
–
Você quer me beijar? – isso não parecia suficiente para a outra. – Eu
quero aquela noite novamente. Onde você me chamava o tempo todo, minhas
mãos passeando por seu corpo, seus atos de mostrar o quanto gostava dum
movimento, o jeito pedia por mais...
– Eu sou casada. – Selena
mordeu o lábio agarrando mais firme o ombro a sua frente. – E não quero
trair meu marido, mas você só... é como se fosse uma das únicas coisas
que faço por mim.
– Mas não esta fazendo agora. – respondeu dura,
afastando o toque da mais velha. – Me procure quando tiver certeza de
alguma coisa.
–--xxx---
Demi batia em força no grande saco de pancada.
O boxe ajudava dessas horas que aperto emocional. Sempre dando a opção de descontar em algo, e assim fazia.
Sentia
a pele quente demais, poderia pensar estar até com febre alta, mas
somente por estar usando o simples top e sorte de ginástica já explicava
o fato. O clima estava frio de começo de inverno, mas não se importava
em ficar doente com o choque do suor aquecido por raiva com o vendo
climático típico.
As mãos latejavam estando somente enroladas em
simples faixas com a força exagerava que fazia o instrumento pesado
balançar tão loucamente que parecia folhas de uma arvore sendo
carregadas nas costas do vendo de outono.
Era a única na
academia, e se não fosse estranharia. Era uma sexta-feira de feriado
nacional, quem seria o idiota a trocar um dia de folga por dores
musculares.
Ouviu um ruído suspeito da grande porta sendo
rapidamente aberta, mas não podia parar agora. Em sua cabeça, estava
quase derrotando o adversário.
Geralmente Demi gostaria de
estouras seu tipo de musica nas caixas potentes, mas hoje só queria o
silencio para se concentrar em tirar o ódio desnecessário que tinha no
corpo. Mesmo sabendo que mesmo se desmaiasse de cansaço a qualquer
momento, ainda restaria aquela dor no peito de ser não somente rejeitada
mas por alguém que realmente gostava.
– Demi. – ouviu uma voz em suas costas, parando imediatamente os movimentos.
– Selena? – ofegou sem ar. – O que... hm, eu...
Sentiu
a pressão corporal baixar por alguns segundos, tornando a vista escura
por parar repentinamente o exercício mas logo viu a mulher a sua frente.
Muito mais perto que esperava.
Selena vestia uma de suas tão
famosas calça jeans com salto alto e agasalho de alta sociedade, o que
fez Demi duvidar se a academia era realmente seu destino.
– Precisamos conversar. – falou simplesmente suspirando com a visão do corpo da mais nova, não ajudando na concentração.
–
Não quero conversar. – retrucou no mesmo tom, ao começar a retirar as
faixas comuns de hospital dos nós dos dedos. – Disse que me procurasse
quando tivesse alguma certeza, não para discutirmos algo. Uma semana
atrás.
Completou a frase deixando inconscientemente a tonalidade
de tristeza amostra pela demora da outra, mas logo foi mascarada com uma
tosse por ainda estar ofegante.
– E se te dissesse já ter uma decisão? – voltou a insistir. – Não precisaríamos conversar sobre?
– Palavras é um dos vários detalhes que podemos ignorar. – falou começando a se sentir desconfortável novamente.
Não estava gostando do quanto Selena queria obrigá-la a fazer algo que não queria.
– Concordo, mas não é simples e precisamos nos explicar...
– Eu não preciso explicar nada, nem você. – irritou-se novamente. – Mas se realmente quer conversar, fale.
Num movimento rápido, Demi enrolou o braço na cintura fina da mais velha colando os corpos até ficarem perigosamente perto.
–
Eu... eu... nós... – tentou, mas o hálito convidativo da mais nova não
deixava nem mesmo seu pensamento ter uma linha continua.
– Vamos, converse. – falou a de cabelos pretos, tão gentilmente quanto planejou.
As
silabas penetravam no cérebro de Selena de uma maneira tão
estranhamente confortável que não ligou para a camada de suor pelo corpo
de sua amante, só fechou os olhos para o contato áspero e ao mesmo
tempo macio que apertava seu quadril. Tentou mais uma vez formular um
começo de frase, mas viu ser inútil ao sentir os lábios roçarem
levemente nos seus.
A inclinação foi mínima para ambas compartilharem um beijo parado, logo quebrado.
–
Desculpa por te deixar esperando. – descansou mãos na nuca da Demi,
onde suas unhas estimularam um arrepio completado com o sorriso
malicioso.
– Então você me escolheu? – Demi riu divertida ao gabar-se a arrogante.
– Só se me escolher. – escorreu os dedos pelos braços pálidos, sem encarar o sorriso no rosto da outra.
–
Entre você e Katherin? Sério que preciso responder? – Selena assentiu a
pergunta, surpreendendo Demi. – Hey, espera, é por isso que demorou?
Pela Kath?
– Demi, ela é minha filha. – suspirou cansada ao
sentir os dedos suaves acariciarem sua cintura por cima do tecido caro. –
A amo. Amo James também, ele tem sido um amigo incrível. E... tentei
lutar, juro, mas você não me deixa.
– Ok, talvez seja minha
culpa. – sorriu divertida, fazendo um curto riso soar no nariz de
Selena. – Eu termino com ela amanhã, ou hoje mesmo. É só pegar o
telefone...
– Não. – negou rapidamente abraçado o corpo mais
jovem ao seu, apoiando o queixo no ombro coberto pelo top preto. – Você
não vai terminar o namoro com minha filha por telefone.
– Selena, estou suada. – comentou ao sentir os braços da mais velha em sua cintura.
– Eu sei, gosto assim. – suspirou apertando os corpos. – É excitante.
– E nojento. – completou Demi. – Seria melhor tomar banho.
– Talvez depois que completar minha vinda. – murmurou antes de bater as bocas juntas com ferocidade e desejo.
O que pensava estar fazendo?
Essa
hora era para estar sentada na cadeira principal a frente de varias
pessoas em sua reunião. Era proprietária junto com a melhor amiga de uma
das revistas de moda e decoração mais faladas da América do Norte e
Europa. Mas desde que a sócia vendeu-lhe sua metade da grande companhia
em troca de uma crise estúpida de meia idade ao viajar pelo mundo,
dirigia a empresa sozinha nos últimos meses.
Estava a caminho da coletiva geral para fechamento de estação, indo decidir o que seria chamado fashion
nesse inverno no mundo e simplesmente resolveu parar numa academia mal
estruturada sabendo encontrar a namorada da filha para expressar o que
queria a tempo.
Gemeu contra a língua ágil da mais nova quando sentiu os pés deixarem o chão com a força dos braços esportivos.
Suas
mãos estavam presas na nuca da mais nova puxando-a mais e mais contra
si, até que os dedos fizeram o caminho curto para os cabelos preto,
desprendendo-os do alto rabo de cavalo. Abriu minimamente os olhos ao
perceber estar sentada em algum plano reto e amadeirado, a outra entre
suas pernas, observando a cachoeira negra na pele branca como neve nos
ombros.
Sentiu os lábios avermelhados arrastando beijos molhados
pelo pescoço, fazendo Selena jogar a cabeça para trás dando-a mais
acesso. A boca desocupada enchia o ambiente deserto de gemidos positivos
ao sentir as mãos macias de Demi desabotoando o casaco com rapidez ao
apoiar-lo com delicadeza ao lado, apertando a pele, agora de mais fácil
passagem, da barriga abaixo da fina da blusa listrada.
Mergulhou
as mãos fortemente no escuro couro cabeludo ao sentir os lábios
trabalharem sem pressa no ombro direito gentilmente descoberto,
brincando eroticamente com a língua na alça do sutiã azul claro.
Arranhou
os dentes pela extensão que sabia ficar coberta pelo tecido duma seda
quase transparente, certa do ponto estratégico quando começou a chupar
firme sentindo a mais velha malear em seus braços com um gemido longo.
As mãos pálidas e geladas fizeram o caminho para o botão decorado da calça skinning jovial, tirando-o da linha objetiva em segundos e acariciando o tecido que finalmente avistou com outro gemido da outra.
A mania de Selena usar conjuntos só deixava Demi mais interessada, planejando um presente perfeito de aniversario.
Com precisão afastou o pouco pano da roupa intima penetrando a mais velha lentamente.
Selena
pegou todo o ar que pode ao sentir dois contados dedos dentro de si,
começando a arranhar a parte descoberta pelo pequeno top das costas de
Demi. Os gemidos a plenos pulmões da mulher faziam arrepios percorrerem
da espinha até a ponta dos dedos ainda movimentados dela.
– Hmm, mais rápido. – gruiu com dificuldade entre os dentes serrados pela sensação.
As pernas fecharam-se com força na garota, trancando-a quando obedeceu o pedido implorado.
O
gemido foi mais forte ao sentir as próprias paredes internas apertando
os dedos musicais ao bater no ponto certo do final da linha e, de
repente, o mais maior espasmo de prazer de seus vividos anos percorreu a
boca do abdômen de Selena. Um grito alto ecoando quando sentiu o corpo
aliviar seguida da saída dos dedos longos.
Apoiou a bochecha ofegante novamente no ombro confortável.
– Deus, você se superou nesse. – afirmou sinceramente ainda recuperando o ar.
– Eu sei, ouvi muito bem seus gemidos. – brincou Demi, fazendo Selena rir baixo.
– Tenho que ir trabalhar. – falou o fato num simples comentário.
– E eu tomar banho. – acariciou delicadamente a parte recentemente exposta da cintura de Selena.
– Suor é sexy. – sorriu a mulher.
– É, e nojento. – repetiu a garota.
Fiim