quinta-feira, 14 de junho de 2012

Rocha FIC ONE-SHORT + 1 CAP

Sinopse: Os passos baixos se aproximando fez com que todo o ar pesado a sua volta se dissipasse. O arrepio pelo corpo e o perfume fresco lhe invadindo as narinas anunciou a chegada do único fio de esperança que a mantinha sã. Suspirou aliviada, a pressão no peito se transformando em um palpitar forte e marcado. Estava a salvo.


CAPITULO

Apoiou a testa nos joelhos da perna encolhida puxando o ar umido pelas narinas. As ondas batiam com violência contra as rochas inabaláveis, o som revoltado a fazendo se acalmar lentamente. As nuvens carregadas se mesclavam com as brancas escondendo o azul claro do céu. Sentiu o vento frio bater contra sua pele desprotegida, uma respiração desesperada pela boca a fazendo sentir o gosto salgado. As gaivotas gritavam rumando para o sul ajudando o mar a avisar que a tempestade estava à caminho.
A figura desolada sentada na mais alta das rochas apertou os próprios braços desprotegidos com força. Não por frio, não por medo.
– Não..
Balbuciou com a garganta fechada pelas lágrimas que se negava a derramar. O vento úmido brincava com os cabelos claros, a camisa marrom batia levemente contra suas costas anunciando movimento. Ergueu a cabeça com o cenho franzido quando escutou conversas altas, olhou em direção a praia encontrando a origem do som. Um grupo de surfistas corria para o lado contrário ao mar. Seus olhos se voltaram para as águas turbulentas à sua frente, um único mergulho, um último suspiro...
Um raio majestoso cortou o céu cinza, o vento se tornando ainda mais violento. Estudou a distância que estava da beirada, cinco, seis passos? As ondas ainda batiam lá embaixo, vez ou outra os respingos das mais altas e mais fortes chegavam ao corpo pálido inérte em pensamentos sobre a rocha que a acolhia. Um clarão iluminou as nuvens antes do trovão soar soberano sobre a cidade quieta. Uma única gota grossa bateu na mão esquerda, a estudou calmamente antes de dar uma atenção especial para uma pequena marca branca e disforme no pulso. A cicatriz era antiga, mas a vontade de abrí-la novamente pulsava em sua nuca. Fechou os olhos com força se negando a sucumbir aos sentimentos e atos erradiços, um dia ruim não valeria o tempo que esteve se cuidando.
– Não.
A negação veio mais forte. Rangeu os dentes sentindo as lágrimas molharem os olhos castanhos. Tudo o que queria era não sentir aquela pressão em seu peito, não ter aquele bombardeamento de emoções. Era difícil continuar firme, era difícil lutar contra o que sempre fazia em momentos como aqueles. Era como um vício, era uma válvula de escape.
Os passos baixos se aproximando fez com que todo o ar pesado a sua volta se dissipasse. O arrepio pelo corpo e o perfume fresco lhe invadindo as narinas anunciou a chegada do único fio de esperança que a mantinha sã. Suspirou aliviada, a pressão no peito se transformando em um palpitar forte e marcado. Estava a salvo.
– É bom saber os lugares onde você possa estar, mas da próxima vez não desligue o celular.
A voz rouca da recém chegada soou autoritária e preocupada. A dona dos cabelos dourados a olhou com pesar, não queria deixá-la daquela forma. Viu a figura de pé com os braços cruzados fitando o horizonte com os olhos chocolates semicerrados, a pele levemente bronzeada e o cabelo castanho ondulado batia na altura da cintura. O rosto pequeno e delicado se mostrava irritado, o cenho franzido confirmava isso.
– Eu nem estou com o celular. - Desviou os olhos para o oceano a sua frente. - Não gosto.
– Já cansamos de escutar esse discurso. - Trocou o peso do corpo para a outra perna. - Mas que droga, Demi. Não é como se você estivesse sozinha nessa. Estamos juntas.
– Pelas suas palavras parece que já sabe da novidade. - Forçou um riso seco pela garganta.
– Se você se refere ao seu pai eu..
– Patrick. - Demi cortou de imediato. - O nome dele é Patrick, não o nomeie como se fosse meu pai porque isso ele nunca foi.
As ondas batendo contra as pedras preencheu o silêncio entre as duas figuras.
– Quer conversar sobre isso? - Demi ouviu a pergunta e puxou uma respiração mais profunda.
– Na verdade, sim. - Pausou unindo as sobrancelhas sem desviar a atenção do mar agitado. - Depois de todos esses anos, depois de tudo o que ele fez com a nossa familia, minha mãe tem a audácia de aceitá-lo de volta. Por favor, me explique como ela pode ter tanta coragem para isso porque eu não consigo entender.
Mais um clarão entre as nuvens antes do barulho ensurdecedor cair sobre a terra. Demi deixou que um sorriso sarcástico brincasse no canto dos lábios fartos ao notar o silêncio da outra.
– Estou esperando sua explicação, Selena. - Informou descontraída arrastando os pés descalços na pedra.
– Se eu disser que ela o ama, você irá bufar. - Respondeu simples arrancando de fato um muxoxo irritado da Lovato. - Eu não posso explicar essas coisas, a única coisa que posso fazer é estar ao seu lado e não permitir que você caia.
Um novo raio cortou o céu escuro trazendo algumas gotas grossas. Selena estendeu a mão direita para a loira sentada ganhando a atenção dos olhos castanhos.
– Vamos pra casa antes que essa tempestade nos impeça. - Sugeriu séria.
– Não quero ir pra casa. - Demi rosnou entre os dentes, os olhos nitidamente vermelhos pela raiva. - Não quero pôr os pés naquele lugar enquanto aquele homem estiver lá.
– Demi.. - Chamou calma porém autoritária. - Vamos pra casa, para nossa casa. - Especificou.
A mais nova considerou aquelas palavras confusa fitando os olhos chocolates pacientes antes de aceitar a mão estendida e ser puxada para cima.
–x-x-x-
Selena bateu a mão no interruptor iluminando o aposento aconchegante. Adentrou na pequena sala deixando chaves e celular sobre um armário médio encostado na parede. Os móveis rústicos de madeira combinava perfeitamente com o único estofado no meio do cômodo, o carpete posto enfrente a lareira charmosa parecia convidativo demais. Voltou os olhos para a Lovato notando a pouca roupa que vestia para o clima gelado.
– Café? - Sugeriu ganhando um meio sorriso da mais nova.
Demi correu os olhos pela sala mais uma vez quando Selena desapareceu de sua frente. Notava a sutil mudança. Não havia papeladas sob a mesa de centro, as garrafas de vinho e uisque haviam sumido da estante e os porta retratos que decoravam o batente da lareira substituídos. Caminhou até uma das fotos deixando que o sorriso brincasse nos lábios.
Se dirigiu à cozinha cruzando os braços e se apoiou no portal. Os olhos castanhos estudaram o corpo em movimento no meio da cozinha de costas para o seu, os cabelos castanhos dançando de um lado para o outro enquanto preparava a cafeteira.
– Você conseguiu mesmo tomar posse da casa de praia do Bryan. - O comentário fez o riso contido da Gomez chegar até seus ouvidos.
– Ele quis morar com a minha mãe, acho que a troca foi bem justa. - Deu de ombros.
– Quando foi que isso aconteceu? - Entortou a cabeça prestando mais atenção nas pernas de Selena enquanto tentava alcançar um pote em uma prateleira alta.
– Ele fez a mudança dele ontem durante a noite. - Se virou de frente se apoiando no armário com um sorriso largo em direção a Lovato. - Eu fiz a minha hoje pela manhã.
O som da cafeteira fez Selena quebrar o contato dos olhos e se voltar para o que estava fazendo. Demi descruzou os braços dando leves passos em sua direção, colou os corpos olhando a mais velha trabalhar no liquido preto por cima dos ombros. Afastou os cabelos castanhos do pescoço deixando a região livre, Selena sentiu o arrepio com o beijo delicado que recebeu na nuca. A mão esquerda segurava sua cintura enquanto a direita fazia uma leve carícia com as unhas pelo braço nú, a mordida no trapézio a fez ronronar.
– Dems.. - Largou o que estava fazendo imobilizando as mãos. - Estou mexendo com coisa quente.
– É, você está quente. - Sorriu maliciosa, Selena deixou um riso fraco escapar pelo nariz.
– É sério. - Se virou empurrando a Lovato para longe de seu corpo. - Acende a lareira enquanto eu termino isso aqui?
Demi arqueou uma sobrancelha parecendo se divertir com a situação. Olhou envolta umedecendo os lábios antes de fixar os olhos escuros nos chocolates a sua frente. Selena tensionou o corpo com a expressão que a mais nova exibia, ela não iria fazer o que tinha pedido. Um passo foi o bastante para Demi tomar a boca carnuda da mais velha com fome. Colou os corpos a pressionando contra o armário sentindo as mãos delicadas correr pelo seu cabelo loiro. A abraçou com força impedindo que qualquer fissura ficasse entre as duas, a lingua exigente explorava a boca da outra com urgência. Segurou a cintura de Selena a impulsionando para cima da bancada se posicionando entre as pernas bem torneadas as apertando sem se afastar dos lábios receptivos, correu as mãos para dentro da camisa vermelha lhe arranhando as costas. O gemido de Selena foi abafado pelo beijo, o corpo reagia e se arrepiava a cada toque que recebia. As linguas se encostando de forma sensual e provocante impedia que o ar entrasse completamente em seus pulmões. Demi largou da boca inchada se ocupando com o pescoço cheiroso, sentiu o ponto de pulso disparado quando correu a lingua por ali.
– Dems, para.. - Selena engoliu em seco com a respiração superficial, mas as caricias apenas se intensificaram. - Demi! - Tomou força para empurrá-la mais uma vez.
Demi puxou o oxigênio tentando acalmar a respiração ofegante, prendeu o riso ao notar a confusão da mulher a sua frente.
– Vai pra sala. - Selena ordenou pulando para o chão. - Agora. - Passou as mãos pelo cabelo soltando o ar lentamente.
–x-x-x-
Posicionou a madeira seca e o nó de pinho sobre a grade antes de abrir o registro. A labareda contida surgiu dentre os galhos gerando calor ao seu redor. Se afastou da lareira olhando através da janela o mar revoltado, árvores dançando com o vento forte, algumas gotas fortes batiam no vidro. Sentiu o cheiro de café ficar mais forte a cada passo que soava contra o assoalho. Uma xicará apareceu a sua frente antes do corpo parar ao seu lado.
– Obrigada. - Sussurrou antes de sorver a cafeína.
Alguns segundos de silêncio se perpetuou entre as duas. Não era desconfortável, era natural.
– Melhor? - Selena a olhou com um tom gentil.
– Sim, obrigada. - Suspirou com ar de sorriso. - E você sempre me salvando.
– Gosto de fazer isso. - A puxou para seus braços afagando os fios dourados. - Vamos conversar?
– Agrh.. - Demi escondeu o rosto no pescoço quente. - Não.
Selena riu a guiando para o sofá, se sentou colocando a Lovato em seu colo.
– Mas é necessário. - Explicou alisando a covinha do queixo da mais nova.
– Sobre o que você quer falar? - Demi soltou com a voz firme. - Da babaca da minha mãe ou do imbecil que voltou? Eu prefiro falar da desgraçada da minha irmã que se casou e foi morar em outro estado me deixando aqui sozinha. - Soou sarcástica.
– Ual, quem vê você falando assim até pensa que a odeia.
– Nesse momento? Sim.
– Pare de falar besteiras, se ela estivesse aqui batia com a almofada na sua cara.
– Mas ela não está.
– Pare de ser tão infantil. - A repreendeu sériamente. - Dallas tem a vida dela e em nenhum momento te deixou na mão. Não jogue a culpa nela, você sabe que isso é injusto.
Demi abaixou os olhos com o pequeno bico nos lábios rosados.
– É dificil respirar perto dele. - Soltou com um fio de voz. - Minha mãe parece tão feliz, parece que o passado nunca existiu, que foi tudo coisa da minha cabeça, parece que ele está constantemente me provocando. Eu não suporto a ideia de aceitá-lo depois de tudo, eu não consigo. - Os olhos tremulos explicaram em meio ao desespero.
Selena a apertou entre seus braços dando o refúgio que a baixinha necessitava no momento. Passou os dedos pelos cabelos sedosos a beijando no topo da cabeça. Demi se sentia segura, protegida, mas o pesar sobre as coisas que saiam de sua boca apertavam o coração.
– Eu tenho uma proposta pra você. - Selena sussurrou entre os cabelos loiros.
– Não, agora quem não quer transar na cozinha sou eu. - A resposta veio abafada e risonha despertando um riso mais alto na Gomez.
– Céus, você só pensa nisso.
– Só estou com saudade. Você fica aí toda ocupada com faculdade e trabalho, mal sobra tempo pra mim. - Resmungou dengosa.
– Como se sua agenda não fosse tão apertada quanto a minha. - Contra argumentou. - Hey, a proposta tem haver com isso. - Confessou fazendo com que a Lovato saisse de seu pescoço para encará-la.
– Prossiga. - Instruiu com os olhos estreitos.
– Bom.. - Suspirou descansando as costas no encosto do estofado. - Bryan não liberou a casa só pra mim.
– Como assim? - Franziu o cenho.
– Lembra do que eu disse na praia? "Nossa casa". - Pausou percebendo um brilho de compreensão nos olhos castanhos a sua frente. - Essa casa não é só minha, é nossa. Você tem parte nela, você terá uma chave.
– Você..
– Eu adoraria que você vinhesse morar comigo. - Cortou em um fôlego só. - Nossas vidas andam tão corridas e esse namoro distante é uma droga. Não tem nada haver com seus problemas em casa e não quero que pense que estou pressionando. Só que quero poder acordar do seu lado todos os dias, tomar banho juntas, cozinhar enquanto você canta, assistir televisão até tar..
As palavras cessaram quando os lábios macios foram pressionados contra os seus, as mãos quentes seguravam o rosto delicado com carinho. Se afastou com um sorriso brilhante na boca enquanto Selena a olhava meio tonta.
– Acho que isso foi um sim. - Sussurrou em meio ao riso seco.
Demi sorriu mais abertamente pincelando o nariz no da Gomez carinhosamente antes de levantar o rosto lhe dando um beijo na testa.
– Foi sim. - Confirmou em voz alta.
Selena se inclinou a beijando com vontade. As aflições, mágoas e incertezas subitamente sumindo do coração da mais nova. Demi sentiu Selena levantar com seu corpo a fazendo se afastar da boca.
– O que? - Perguntou confusa olhando pro sorriso de canto que a Gomez esboçava.
– Eu quero inaugurar o nosso quarto primeiro. - Sussurrou sugestiva fazendo uma expressão maliciosa aparecer na Lovato. - Depois a gente inaugura a sala.
– E a cozinha. - Completou arrancando uma risada rouca de Selena que lhe beijava o queixo.
– É, eu gostei do lance lá na cozinha. - Confessou descendo o rosto pelo pescoço pálido o arranhando com os dentes.
–x-x-x-
O relâmpago iluminou todo o quarto. Demi passeava com as mãos pelo corpo deitado na cama enquanto distribuia beijos molhados ao longo da barriga lisa, os cabelos loiros revoltados a deixando ainda mais sexy. Se afastou da pele quente e perfeita olhando para Selena, a boca vermelha entreaberta deixando a respiração ofegante sair, os seios descobertos completamente rígidos. A Gomez levantou o tronco juntando os corpos em um abraço forte, a boca atacando o pescoço suado da Lovato enquanto sentia a mulher rebolar contra sua coxa. Demi buscou sua boca novamente intensificando o roçar de seu centro na perna.
– Quero você dentro de mim. - Demi gemeu colada na boca carnuda.
Sem pensar duas vezes Selena deslizou uma das mãos pela lateral do corpo perfeito indo em direção ao ponto pulsante. Um gemido cortou o beijo profundo das duas quando a Lovato sentiu a penetração, os movimentos lentos lhe torturando.
– Mais.. - Resfolegou enquanto rebolava de forma sensual contra os dedos habilidosos.
Jogou a cabeça pra trás sentindo os movimentos se intensificarem, os gemidos sofridos eram liberado sem esforço pela garganta perfeita. Encostou a testa na de Selena investindo o quadril contra as estocadas precisas, até que o grito agudo veio trazendo calmaria a tempestade que sentia em seu ventre.
Demi estava deitada no peito da mulher enquanto o fino lençol cobria os corpos, o cafuné em sua cabeça a fazia se sentir leve.
– Pare com isso. - Selena sussurrou ainda acariciando o couro cabeludo.
– Parar com o que? - Perguntou já sabendo a resposta.
– De pensar. - Suspirou. - Ele não merece sua preocupação.
– Estou preocupada com minha mãe, não com ele. - Fechou os olhos se agarrando ao corpo da Gomez. - Eu não estarei lá para me certificar de que está tudo bem.
– Reconsiderando minha proposta? - Selena sentiu o peito se apertar, Demi ergueu a cabeça olhando nos olhos chocolates.
– É claro que não! Nunca. O meu lugar é com você, não tem nem o que ser discutido. - Foi taxativa notando Selena tentar segurar o sorriso mas os olhos a entregavam. - Quer saber, ela fez a escolha dela e eu realmente desejo que ela venha ser feliz mesmo se for ao lado dele, mas eu não quero ter participação nisso.
– São seus pa...
– É a minha mãe! - Corrigiu a frase da Gomez antes mesmo de ser terminada.
– Está certo. - Ergueu uma sobrancelha estudando o rosto bonito da mais nova. - Quando é que vamos trazer suas coisas aqui pra casa?
– Pra nossa casa? - Um sorriso tímido brincou nos lábios vermelhos provocando um sorriso largo em Selena.
– Nossa casa. - Confirmou acariciando a fissura no queixo da mulher antes de juntar as bocas em um beijo calmo.
A ideia de casa que se passava pela mente de Demi era muito diferente das paredes que as cercavam. Era perto de Selena que se sentia segura, onde se protegia do vento, do calor, do frio, da tempestade. Era nos braços dela que nada podia lhe atingir, era nos braços dela que as preocupações desapareciam. Ela era seu fio de esperança, seu abrigo, seu lar e o seu porto seguro. Era o que sempre a manteve sã, era o que sempre a deixava forte, o que colocava seus pés no chão. Era a rocha que lhe acolhia em meio a tempestade.
fim

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Ooh Game part 2


– Demi, tudo bem? – Katherin mantinha a voz baixa.
– Hm? Sim, porque não seria? – Demi despertou ao tom preocupado da namorada, a focando rapidamente.
– Parece meio desligada. – a morena sorriu feliz fazendo Demi imitá-la. – Você parece sua mãe quando sorri.
– O que? – perguntou a criança confusa.
– Hm, só pensando em voz alta. – disfarçou a outra, passando a mão no cabelo.
Mas seu coração parou ao observar a figura conhecida entrar na sala.
Selena não tinha idéia do porque tinha cedido tão fácil ao ter uma noite com. Mesmo que suspirasse inconscientemente quando lembranças das sensações lhe invadiam, foi errado. Mas, mais errado ainda, foi não trocar uma palavra se quer sobre o assunto com Demi após.
A mãe de família sabia que Demi estava em casa e desde aquela noite sempre evitava ficar sozinha com a garota.
Sua intenção era somente pegar um copo de água, mas para isso seria obrigada a passar pelas vozes da sala, ou melhor, pela voz na sala.
Adentrou o aposento, mas não conteve um olhar rápido para as figuras no sofá. Focando secretamente uma.
Paralisou por um segundo ao assistir Demi sobre o couro preto do móvel caro enquanto Katherin descansava a cabeça em seu pescoço. As mãos da mais velha fecharam-se em punho fortemente, fazendo-a perceber o movimento e suspirar desviando o olhar que Demi ameaçou lançá-la.
Conteu a vontade de correr e caminhou tão normalmente quanto pode ao ver a filha brincar com as pontas de cabelos pretos pelo canto dos olhos.
Suspirou quando soube não poder mais ser vista, as mãos comprimindo as têmporas levemente aplicando a pressão necessária para causar alguma dor.
– O que esta acontecendo... – sussurrava baixo para si mesmo, lembrando repentinamente o que viera fazer.
Abriu a geladeira agarrando sua típica garrafa pequena.
Respirou fundo querendo volta definitivamente para o quarto, o primeiro passo para fora da cozinha foi dado e logo recuado diante de cena.
Um dos problemas era que Katherin estava bloqueando o começo da escadaria e o outro era o beijo compartilhado pelos corpos.
Fechou os olhos com força se recusando a admitir o forte ciúme em seu peito apertado, mas o ato não terminava.
Katherin se afastou letamente de Demi, quando Selena tentou mais uma vez a possibilidade de passar. Mas no fundo queria escutar a voz rouca pós-beijo de Demi.
– Tem certeza que esta bem? – perguntou sua filha.
– Sim. – Demi sorriu na mascara da mentira que contou. – Mas realmente preciso ir, Dean quer que feche a academia de luta hoje.
– Você volta?
– Provavelmente não. – bicou os lábios mais uma vez.
– Quer que te acompanhe até a porta? – perguntou.
– Não acha que tenho idade suficiente para isso? – zombou a jovem adulta. – Pode ir.
Katherin subiu as escadas estranhando o comportamento da namorada, mas não tinha como seus pensamentos fantasiassem um motivo. Era uma simples adolescente, criança demais para uma malicia para com a garota que gostava.
O sorriso de Demi desapareceu no exato momento que a mais nova não foi mais avistada.
Colocou as mãos nos bolsos da tão característica jaqueta de couro ao virar em direção a porta, mas seu olhar foi preso em algo bem antes da madeira.
O coração de Selena falhou uma batida quando sentiu os olhos nos seus. Aquele rosto tão sério que o fazia sexy.
Balançou a cabeça suavemente quando tais pensamentos começaram a florescer, andando em linha reta para a estaca ao lado da mais nova.
– Não vai falar nada? – começou Demi, ao assistir a quebra de olhares.
– Foi um erro.
– Foi a melhor noite da minha vida.
Selena parou no segundo degrau para a frase, virando-se para a jovem adulta.
– Você namorada minha filha! – explicou como se Demi não tivesse percebido. – Isso não pode acontecer de novo.
– É só esse o motivo? – questionou confiante. – Porque sou namorada de sua filha?
– Porque pergunta isso? – pediu confusa.
– Porque se sim, posso resolver isso. – respondeu simplesmente a mais nova.
– Nunca pense nisso novamente. – ordenou Selena com autoridade ao perceber os planos da outra. – Escute Demetria, esta usando minha filha?
– Não. – respondeu rapidamente. – Bem, não no começo.
– Demi! – repreendeu. – Eu... eu... isso não...
Com um movimento rápido, Demi puxou o braço da morena fazendo-a pular os meros três degraus que havia conseguido vencer. Selena fechou os olhos esperando algum ato acontecer, deixando que o desejo de sentir-se beijada a tomasse mas nada aconteceu por segundos seguidos até abrir os olhos.
O rosto da mais jovem estava a tão próximo do seu que um simples aceno lento de cabeça já fazia os lábios se tocarem.
– Aqui não. – sussurrou para a outra. O tom mais manso e abalado que planejava.
Demi molhou os lábios removendo os dedos que prendiam fortemente o braço da outra, prevendo qualquer tentativa de fugir. Coisa que não aconteceu.
– Okay. – falou, o começo de tom irritado. – Mas sabia que esse seu jogo esta me deixando com raiva.
Selena oscilou quando a pele fria deixou a sua com brutalidade, claramente impaciente.
– Demi... – tentou fazer a outra olhar para si, mas foi inútil, continuando seu caminho rápido até a porta. – Demi, volte aqui.
A mais velha, correu ao ficar entre a madeira e o corpo de cabelos negros.
– O que? – Demi suspirou cansada. – Agora o jogo é bipolar também?
– Me desculpe. – não sabia muito bem pelo que estava se desculpando, mas pareceu necessário. – Eu quero te beijar, mas não posso.
– Assim como não podia se esgueirar para meu quarto naquela noite? – questionou claramente brava. – Assim como eu não podia ter aceitado seu jogo? Okay, agora me deixe ir.
– Não. – respondeu firmemente.
Deixe-a ir; implorou sua mente. Mas não podia.
– Porque? – perguntou aproximando desafiadoramente o rosto do dela. – Até agora você só me evitou.
Agora Selena se sentia como um de seus rivais numa luta de boxe e provou o quanto poderia ser ameaçadora, mas era tudo muito sexy para prestar determinada atenção.
– Porque... quero te beijar. – falou em voz baixa, passando os dedos pelo ombro coberto pelo couro ao abaixar o olhar para ele.
– Você quer me beijar? – isso não parecia suficiente para a outra. – Eu quero aquela noite novamente. Onde você me chamava o tempo todo, minhas mãos passeando por seu corpo, seus atos de mostrar o quanto gostava dum movimento, o jeito pedia por mais...
– Eu sou casada. – Selena mordeu o lábio agarrando mais firme o ombro a sua frente. – E não quero trair meu marido, mas você só... é como se fosse uma das únicas coisas que faço por mim.
– Mas não esta fazendo agora. – respondeu dura, afastando o toque da mais velha. – Me procure quando tiver certeza de alguma coisa.
–--xxx---
Demi batia em força no grande saco de pancada.
O boxe ajudava dessas horas que aperto emocional. Sempre dando a opção de descontar em algo, e assim fazia.
Sentia a pele quente demais, poderia pensar estar até com febre alta, mas somente por estar usando o simples top e sorte de ginástica já explicava o fato. O clima estava frio de começo de inverno, mas não se importava em ficar doente com o choque do suor aquecido por raiva com o vendo climático típico.
As mãos latejavam estando somente enroladas em simples faixas com a força exagerava que fazia o instrumento pesado balançar tão loucamente que parecia folhas de uma arvore sendo carregadas nas costas do vendo de outono.
Era a única na academia, e se não fosse estranharia. Era uma sexta-feira de feriado nacional, quem seria o idiota a trocar um dia de folga por dores musculares.
Ouviu um ruído suspeito da grande porta sendo rapidamente aberta, mas não podia parar agora. Em sua cabeça, estava quase derrotando o adversário.
Geralmente Demi gostaria de estouras seu tipo de musica nas caixas potentes, mas hoje só queria o silencio para se concentrar em tirar o ódio desnecessário que tinha no corpo. Mesmo sabendo que mesmo se desmaiasse de cansaço a qualquer momento, ainda restaria aquela dor no peito de ser não somente rejeitada mas por alguém que realmente gostava.
– Demi. – ouviu uma voz em suas costas, parando imediatamente os movimentos.
– Selena? – ofegou sem ar. – O que... hm, eu...
Sentiu a pressão corporal baixar por alguns segundos, tornando a vista escura por parar repentinamente o exercício mas logo viu a mulher a sua frente. Muito mais perto que esperava.
Selena vestia uma de suas tão famosas calça jeans com salto alto e agasalho de alta sociedade, o que fez Demi duvidar se a academia era realmente seu destino.
– Precisamos conversar. – falou simplesmente suspirando com a visão do corpo da mais nova, não ajudando na concentração.
– Não quero conversar. – retrucou no mesmo tom, ao começar a retirar as faixas comuns de hospital dos nós dos dedos. – Disse que me procurasse quando tivesse alguma certeza, não para discutirmos algo. Uma semana atrás.
Completou a frase deixando inconscientemente a tonalidade de tristeza amostra pela demora da outra, mas logo foi mascarada com uma tosse por ainda estar ofegante.
– E se te dissesse já ter uma decisão? – voltou a insistir. – Não precisaríamos conversar sobre?
– Palavras é um dos vários detalhes que podemos ignorar. – falou começando a se sentir desconfortável novamente.
Não estava gostando do quanto Selena queria obrigá-la a fazer algo que não queria.
– Concordo, mas não é simples e precisamos nos explicar...
– Eu não preciso explicar nada, nem você. – irritou-se novamente. – Mas se realmente quer conversar, fale.
Num movimento rápido, Demi enrolou o braço na cintura fina da mais velha colando os corpos até ficarem perigosamente perto.
– Eu... eu... nós... – tentou, mas o hálito convidativo da mais nova não deixava nem mesmo seu pensamento ter uma linha continua.
– Vamos, converse. – falou a de cabelos pretos, tão gentilmente quanto planejou.
As silabas penetravam no cérebro de Selena de uma maneira tão estranhamente confortável que não ligou para a camada de suor pelo corpo de sua amante, só fechou os olhos para o contato áspero e ao mesmo tempo macio que apertava seu quadril. Tentou mais uma vez formular um começo de frase, mas viu ser inútil ao sentir os lábios roçarem levemente nos seus.
A inclinação foi mínima para ambas compartilharem um beijo parado, logo quebrado.
– Desculpa por te deixar esperando. – descansou mãos na nuca da Demi, onde suas unhas estimularam um arrepio completado com o sorriso malicioso.
– Então você me escolheu? – Demi riu divertida ao gabar-se a arrogante.
– Só se me escolher. – escorreu os dedos pelos braços pálidos, sem encarar o sorriso no rosto da outra.
– Entre você e Katherin? Sério que preciso responder? – Selena assentiu a pergunta, surpreendendo Demi. – Hey, espera, é por isso que demorou? Pela Kath?
– Demi, ela é minha filha. – suspirou cansada ao sentir os dedos suaves acariciarem sua cintura por cima do tecido caro. – A amo. Amo James também, ele tem sido um amigo incrível. E... tentei lutar, juro, mas você não me deixa.
– Ok, talvez seja minha culpa. – sorriu divertida, fazendo um curto riso soar no nariz de Selena. – Eu termino com ela amanhã, ou hoje mesmo. É só pegar o telefone...
– Não. – negou rapidamente abraçado o corpo mais jovem ao seu, apoiando o queixo no ombro coberto pelo top preto. – Você não vai terminar o namoro com minha filha por telefone.
– Selena, estou suada. – comentou ao sentir os braços da mais velha em sua cintura.
– Eu sei, gosto assim. – suspirou apertando os corpos. – É excitante.
– E nojento. – completou Demi. – Seria melhor tomar banho.
– Talvez depois que completar minha vinda. – murmurou antes de bater as bocas juntas com ferocidade e desejo.
O que pensava estar fazendo?
Essa hora era para estar sentada na cadeira principal a frente de varias pessoas em sua reunião. Era proprietária junto com a melhor amiga de uma das revistas de moda e decoração mais faladas da América do Norte e Europa. Mas desde que a sócia vendeu-lhe sua metade da grande companhia em troca de uma crise estúpida de meia idade ao viajar pelo mundo, dirigia a empresa sozinha nos últimos meses.
Estava a caminho da coletiva geral para fechamento de estação, indo decidir o que seria chamado fashion nesse inverno no mundo e simplesmente resolveu parar numa academia mal estruturada sabendo encontrar a namorada da filha para expressar o que queria a tempo.
Gemeu contra a língua ágil da mais nova quando sentiu os pés deixarem o chão com a força dos braços esportivos.
Suas mãos estavam presas na nuca da mais nova puxando-a mais e mais contra si, até que os dedos fizeram o caminho curto para os cabelos preto, desprendendo-os do alto rabo de cavalo. Abriu minimamente os olhos ao perceber estar sentada em algum plano reto e amadeirado, a outra entre suas pernas, observando a cachoeira negra na pele branca como neve nos ombros.
Sentiu os lábios avermelhados arrastando beijos molhados pelo pescoço, fazendo Selena jogar a cabeça para trás dando-a mais acesso. A boca desocupada enchia o ambiente deserto de gemidos positivos ao sentir as mãos macias de Demi desabotoando o casaco com rapidez ao apoiar-lo com delicadeza ao lado, apertando a pele, agora de mais fácil passagem, da barriga abaixo da fina da blusa listrada.
Mergulhou as mãos fortemente no escuro couro cabeludo ao sentir os lábios trabalharem sem pressa no ombro direito gentilmente descoberto, brincando eroticamente com a língua na alça do sutiã azul claro.
Arranhou os dentes pela extensão que sabia ficar coberta pelo tecido duma seda quase transparente, certa do ponto estratégico quando começou a chupar firme sentindo a mais velha malear em seus braços com um gemido longo.
As mãos pálidas e geladas fizeram o caminho para o botão decorado da calça skinning jovial, tirando-o da linha objetiva em segundos e acariciando o tecido que finalmente avistou com outro gemido da outra.
A mania de Selena usar conjuntos só deixava Demi mais interessada, planejando um presente perfeito de aniversario.
Com precisão afastou o pouco pano da roupa intima penetrando a mais velha lentamente.
Selena pegou todo o ar que pode ao sentir dois contados dedos dentro de si, começando a arranhar a parte descoberta pelo pequeno top das costas de Demi. Os gemidos a plenos pulmões da mulher faziam arrepios percorrerem da espinha até a ponta dos dedos ainda movimentados dela.
– Hmm, mais rápido. – gruiu com dificuldade entre os dentes serrados pela sensação.
As pernas fecharam-se com força na garota, trancando-a quando obedeceu o pedido implorado.
O gemido foi mais forte ao sentir as próprias paredes internas apertando os dedos musicais ao bater no ponto certo do final da linha e, de repente, o mais maior espasmo de prazer de seus vividos anos percorreu a boca do abdômen de Selena. Um grito alto ecoando quando sentiu o corpo aliviar seguida da saída dos dedos longos.
Apoiou a bochecha ofegante novamente no ombro confortável.
– Deus, você se superou nesse. – afirmou sinceramente ainda recuperando o ar.
– Eu sei, ouvi muito bem seus gemidos. – brincou Demi, fazendo Selena rir baixo.
– Tenho que ir trabalhar. – falou o fato num simples comentário.
– E eu tomar banho. – acariciou delicadamente a parte recentemente exposta da cintura de Selena.
– Suor é sexy. – sorriu a mulher.
– É, e nojento. – repetiu a garota.




Fiim

Fiic Ooh Game de 2 caps / Parte 1

Game
Sinopse: Selena Gomez era uma mulher de seus trinta anos vividos, casada e com uma filha maravilhosa. Não pode ficar fantasiando cenas impróprias com qualquer um que não seja seu marido, James.
E, se acontecesse com sua cabeça presa em qualquer outro corpo bonito, mas era ela. A coisa mais proibida que já se imaginou com.

 Gêneros: Romance
Avisos: Homossexualidade, Nudez, Sexo ,Cenas fortes.
Capituloes: é e dois caps

CAPITULO 1


Selena abriu os olhos com força.
Outro sonho.
Jogou a coberta do corpo coberto pela camiseta velha, caminhando para o banheiro da suíte.
Jogou água do rosto ofegando enquanto olhava seu reflexo. Estava suando.
Fechou os olhos por alguns segundos na tentativa de se acamar, mas a figura de cabelos negros veio a sua cabeça como se ainda fosse um sonho. Ou real demais.
Porque James tinha de ter viajado logo hoje?
Com ele aqui pelo menos aliviaria essa tensão entre as pernas, mesmo sabendo que não se compararia ao sonho.
Jogou a cabeça para o lado repreendendo-se de pensar assim sobre a garota.
Selena Gomez era uma mulher de seus trinta anos vividos, casada e com uma filha maravilhosa. Não pode ficar fantasiando cenas impróprias com qualquer um que não seja seu marido, James.
E, se acontecesse com sua cabeça presa em qualquer outro corpo bonito, mas era ela. A coisa mais proibida que já se imaginou com. A namorada da filha.
Katherin tinha dezesseis anos e foi uma luta quando apareceu de mãos dadas com uma garota de dezoito. Primeiro: garota; coisa que não deu muito trabalho pois Selena também teve seus casos bissexuais na adolescência. Mas, a diferença de quadro anos de idade nunca fez James concordar cem por cento.
Mas foi quase um bônus para os pais preocupados: a filha era gay e não correria o mesmo risco de eles. Gravidez na adolescência.
Selena era uma mãe jovem e de aparência davam-lhe no maximo vinte e cinco anos.
Mas Selena começou a perceber o jeito que Demi, sua “nora”, a observava. E se viu vulnerável, a primeira coisa errada que sentiu ao assunto ser ela. E tudo mudou quando menos esperava.
Era um jantar como quase sempre faziam. Os pais, a filha e a namorada. Era muito divertido, devia admitir. Demi sempre perguntava de minuto em minuto se precisava de ajuda, arrancando sorrisos sem motivo de Selena. Mas quando sentaram a mesa para comer, a mãe sentiu algo: dedos.
Foi naquele momento que se arrependeu de colocar vestido. Os dedos leves de pianista da “nora” passavam por suas coxas e ela não teve coragem de tira-los, o que pareceu surpreender a outra. A deixando mais confiante.
No começo tentou ignorar o quanto a garota a deixava balançada, mas aqui estava ela: sonhando sentir aquele toque novamente, de preferência, embaixo de lençóis.
Arrancou as roupas, abrindo a água gelada do chuveiro. Percebeu estar quente demais quando o liquido gritou contra sua pele.
Mergulhou a cabeça na fonte, mas foi fechar os olhos e a fantasia continuou.
– Demi, o que faz aqui? – perguntou ao ver a garota em suas roupas rockers entrando no box.
Tentou se cobrir, mas as mãos geladas da outra a parou, colando os corpos com autoridade. Tudo resultou em tecido molhado, mas isso parecia somente um detalhe.
Selena queria beijá-la. Queria enroscar as pernas envolta de sua cintura e implorar pelo que sua intimidade pedia.
Tossiu água quando ficou sem ar, respirando ofegante pelo poder que a garota tinha sobre ela. E tinha a sensação que não conseguiria esconder por muito tempo.
Saiu do box, vestindo um novo conjunto de roupas intimas ao se jogar na cama.
Logo por ela?
Até entenderia o fato de estar interessada em outra pessoa fora do casamento, mas porque tinha de ser logo a namorada de sua filha?
A menina que a criança que gerou expressou a vontade casar.
Parte de si colocava tudo a culpa em Katherine, afinal, foi ela quem se aproximou primeiro de Demi. E, talvez se não tivessem interagido, Selena estaria apaixonada por uma garota qualquer não pela própria “nora”.
Sentiu a respiração forte no pescoço, abrindo os olhos estalados.
– Demi, você não pode... não podemos... – começou, se levantando da cama quase propositalmente para ser impedida. E aconteceu.
A de cabelos negros puxou a mais velha a deitar no colchão, acariciando delicadamente suas costas. Selena suspirou ao ouvir o click do sutiã agora aberto.
Não.
Abriu os olhos se encontrando novamente em seu quarto.
Olhou para os lados quase que paranoicamente e tudo que viu foi para sua sorte, ou não, escuridão.
Focou o celular no criado mudo, percebendo a luz brilhante.
Pegou o aparelho mexendo habilmente os dedos no touch até ler a mensagem no marido.
James: Sinto sua falta, não consigo dormir pensando em você. Te amo.
Jogou o telefone movil ao pé da cama quando leu as duas ultimas palavras.
Choraria se tivesse lagrimas, mas não conseguia.
Não amava mais James. Não como uma vez amou.
Ele sempre foi seu tudo e onde ela sempre sabia poder se agarrar, mas não era ele em suas fantasias agora.
Pegou o roupão da cabeceira da cama, e saiu do quarto.
Andou o mais silenciosamente possível até a ultima porta do corredor.
Acho que o fato de estar tão próxima da criatura que assombrava seus sonhos tornava o desejo ainda maior.
Colocou a mão delicadamente sobre a maçaneta, movimentando-a lentamente para não haver ruído algum. Adentrou o quarto de hospedes agora ocupado a três dias seguidos por Demetria, a deixada encarregada por James a cuidar da casa.
Selena prendeu a respiração ao trancar a porta por dentro e observar a figura dormindo.
Aproximou-se com sutileza ao pé da cama, sentindo o cheiro convidativo do perfume natural da morena ali jogada.
O sorte curto marcando os lugares certos das coxas trabalhadas pelo esporte boxe e a simples regata lisa pelo calor pareciam sexy demais dela.
A mais velha tirou o roupão que cobria o simples conjunto de lingerie rendada de cor roxa. Não era sua intenção ter pegado algo um pouco provocante demais, mas fora a primeira peça a vista.
Deitou-se no lado inculpado da cama de casal, a fazendo sorrir pelo ato humilde da outra ao ocupar somente um lado enquanto tinha dois vazios.
Observou as costas femininas de sua posição, já que a mais nova estava virada de lado oposto ao dela.
Juntou os corpos ficando contra a espinha da garota, passando os braços por baixo dos dela e flexionando logo em seguida dando um abraço.
Aspirou o cheiro na nuca da outra, fechando os olhos não acreditando o que estava fazendo.
Tentou repreender da vontade de plantar um beijo no local, mas a força foi maior que ela e quando percebeu estava com os lábios colados no ombro de pele pálida.
Sentiu um pequeno movimento da outra, fazendo-a recuar ligeiramente.
A mais nova soltou um muxoxo ao sair dos braços de Selena e deitar de bruço.
Selena sorriu ao assistir a respiração de Demi se normalizar novamente no sono, limpando a franja preta dos olhos que sabia não fazer diferença por estarem fechados mas queria ter a visão total da face jovem.
Analisou os braços longos e mais fortes que a maioria de garotas. Não tinha músculos, mas qualquer um que passasse os olhos saberia que praticava esporte.
Lembrava dos jogos de basquete que a maior parte da família em suas reuniões queria ficar em seu time por seus bons arremessos, mas Selena sabia que o ponto forte da mais nova era a luta.
Queria dormir ali, mas o sono não vinha.
Até pensou em voltar para o quarto, mas lá ia ficar sem sono e voltaria a ser assombrada. Aqui ficaria sem sono e assistiria cada movimento de sua preciosa.
Por incrível que pareça a maior parte de Selena queria o corpo ao seu lado acordado. Iria gostar de passar a noite ao seu lado sentindo-a trabalhando na saciedade da pressão entre suas pernas.
Não, era errado.
Mas, se era proibido assim porque parecia tão certo?
Porque sentia-se mais que bem ao pensar nos orgasmos em sua boca?
Passou os dedos pelas costas cobertas pelo tecido fino, chegando perto demais do ouvido da outra.
– Demi. – chamou sussurrante, percebendo um leve arrepio pelo hálito quente na pele gélida. – Demi, acorde.
No segundo chamado os olhos castanhos sonolentos se abriram minimamente, focando a dona da voz mas por reflexo se fecharam novamente.
Selena estava disposta a chamar quantas vezes tivesse pela garota, mas não precisou de uma terceira.
De repente os olhos da mais nova saltaram abertos para a imagem que acabara de ver.
Selena?
Selena, a mãe de sua namorada? Em sua cama?
Virou-se com pressa voltando a apoiar as costas do colchão, apoiando o peso nos cotovelos flexionados.
– S-Selena? – gaguejou baixo demais com medo que fazer barulho. – O que faz aqui?
Selena sempre se imaginou perguntando isso para Demi, não o contrario. Em sua cabeça nunca correria atrás, seria Demi a dar o primeiro passo. O que de fato foi, apertando a carne da coxa da mais velha naquela noite.
– Shhh. – pediu Selena colocando o dedo indicador nos lábios da outra.
O olhar de Demi abaixou para o corpo trabalhado da mais velha, começando uma tosse baixa de choque.
– Jesus. – clamou fechando os olhos com força. – O que esta acontecendo?
A mais nova estava claramente assustada com a situação.
Selena não precisava de palavras para a situação e as pouparia mesmo se fossem necessárias.
A mais velha sentou-se na barriga da outra, as duas pernas separadas uma de cada lado do corpo. Aproximou-se com precisão de seu rosto, pousando um beijo doce nos lábios. O primeiro beijo.
Demi piscou duro para o contato, ainda assustada demais para dizer algo.
Você dorme numa casa praticamente desconhecida com a missão de deixar os moradores confortáveis com uma terceira pessoa na ausência do pai e é acordada no meio da noite pela esposa dele, de roupas intimas, sentada em seu estomago e trocando beijos carinhosos contigo.
A mais velha voltou a beijar-la, contornando a boca com a língua enquanto Demi começava sentir a mobilidade em seus membros.
Selena parou as caricias em lugares fúteis para voltar a focar os olhos escuros a sua frente.
– Tem noção do que faz comigo? – sussurrou Demi em voz rouca, fazendo a outra estremecer.
Selena pegou as mãos da garota nas suas, guiando-as até a cintura fina.
Demi fechou os olhos com o toque, sentindo o começo de movimento que o quadril fazia.
A mais velha rebolava encima do abdômen trabalhado, fazendo pressão em sua própria intimidade.
Por um tempo a mais nova só aproveitou a sensação gerada, mas quando percebeu também ter algumas vantagens no jogo que começou a entender, jogou a mulher para baixo na cama. Tocando as posições.
As pernas de Selena se fecharam na barriga de Demi, sentindo a aproximação do hálito bom.
Os braços apoiaram o peso corporal sob a mais velha, as bocas perto demais.
Selena passou os braços pelas costas da outra, arranhando-a por cima da blusa até sentir a boca na sua.
O beijo não foi um carinho de calma e tranqüilidade como os outros, aquele era brutal. Uma luta.
Demi finalmente entendeu o jogo e não se recusou a jogar, o que foi um alivio para a outra.
Os lábios em si não se movimentavam muito, o verdadeiro ato acontecia debaixo deles onde Selena torcia sua língua a redor da outra, esfregando-as com todas suas forças. Ela sentia os dedos possessivos da outra passeando por seu corpo com a permissão a muito tempo concedida, então ela ouviu.
Click.
O sutiã foi solto, com um sorriso maroto e galanteador da outra.
As alças foram deslizadas pela pele bronzeada da mais velha e a peça foi jogada para fora da cama.
Por alguns segundos Demi só observou os seios redondos e maduros da outra, até sentir vontade de provar-los.
Não perdeu o tempo de perguntar se podia ou não, só abriu a boca acariciando o mamilo direito.
– Hmmmm. – gemeu a mais velha arqueando. – Ooh, Demi.
A mais nova tentava pegar cada vez uma área maior a cada bocada que dava, trabalhando com a língua e chupando com todo seu ar, até seguir para o outro mamilo.
Selena respirou fundo quando sentiu o órgão duro sendo mordido e lambido. Ela só queria sentir Demi dentro dela, não pensou que teria tantas outras sensações.
A mais nova desceu os beijos molhados para a barriga da outra.
– Você é tão sexy. – a voz saiu abafada contra a pele morena, a língua brincando eroticamente com o umbigo.
Então Selena fechou os olhos para o que vinha a seguir.

Contiinuaa....

sábado, 25 de fevereiro de 2012

fiic : sinopse / Call Me Maybe


Sinopse: Demi se virou mais uma vez para a janela esperando encontrar o mesmo quadro, e de fato encontrou mas com uma pequena modificação. A garota olhava de volta. Engoliu em seco quando sentiu os olhos chocolates lhe fitar com intensidade, nos lábios rosados a sombra de um sorriso e o livro ainda em mãos, só que dessa vez fechado. Tinha sido pega no flagra. Demi sentiu o corpo tremer e a sensação de frio tomou seu interior quando viu o braço fino da garota se erguer lhe lançando um pequeno aceno. Balançou a cabeça tímidamente sentindo o rosto começar a ferver, se lembrou que seus amigos estavam lhe esperando e não esperou mais nenhum segundo para dar as costas a janela e sair do quarto.

Gêneros: Amizade, Romance
Avisos: Bissexualidade

CAPITULO 

Espiou mais uma vez através do vidro da janela, ela permanecia parada no memo lugar. Se debruçou sobre o batente mais uma vez hipinotizada com a visão, os minutos passando enquanto admirava o corpo imóvel deitado sobre a toalha que cobria a grama, a árvore média fazia a sombra necessária. Usava um short jeans rasgado, a blusa branca com o desenho do infinito estampado no peito, os pés inquietos chacoalhavam com a possível música que saía dos fones de ouvido e vez ou outra os dedos realizavam a simples tarefa de folhear o livro de capa grossa.

A morena na janela despertou com o soar da campainha mas não se moveu para abandonar seu posto. Soltou um suspiro frustrado, não costumava se comportar assim. Pulou quando batidas violentas vinheram da porta de seu quarto, se virou imediatamente dando de cara com a figura baixa e levemente bronzeada. O cabelo loiro escuro batendo um poudo abaixo dos ombros. Dallas.

– Para de secar a nova vizinha, os garotos já chegaram e foram pra garagem. - Disse com um sorrizinho de lado.

– Por que você é tão insuportável? Me deixa em paz. - Rosnou jogando um travesseiro em direção a mulher mas acabou acertando a porta.

– Não dá. Sou sua irmã mais velha e é meu dever ser insuportável com você. - Riu enquanto abocanhava a maçã em mãos.

– Já estou indo, agora se me der licença. - Apontou para a saída sugestivamente.

–Tá, pode terminar sua sessão de voyeurismo. - Dessa vez o travesseiro acertou bem em cheio no rosto despreocupado de Dallas.

Demi se virou mais uma vez para a janela esperando encontrar o mesmo quadro, e de fato encontrou mas com uma pequena modificação. A garota olhava de volta. Engoliu em seco quando sentiu os olhos chocolates lhe fitar com intensidade, nos lábios rosados a sombra de um sorriso e o livro ainda em mãos, só que dessa vez fechado. Tinha sido pega no flagra. Demi sentiu o corpo tremer e a sensação de frio tomou seu interior quando viu o braço fino da garota se erguer lhe lançando um pequeno aceno. Balançou a cabeça tímidamente sentindo o rosto começar a ferver, se lembrou que seus amigos estavam lhe esperando e não esperou mais nenhum segundo para dar as costas a janela e sair do quarto.

Não era segredo que observava a garota sempre que podia e sabia que a garota mais alta também lhe observava, mas toda vez que os olhares se encontravam aquele turbilhão de sensações acontecia.

– Cara, eu desisto. - A garota segurando o baixo disse assim que Demi entrou na garagem. - O ensaio é na sua casa e mesmo assim você se atrasa. - Completou arrancando risos dos demais.

– Cala a boca, Miley. - Cuspiu arrancando a guitarra do pedestal.

– Alguém está de mal humor. - O garoto de cabelos cacheados provocou ajeitando a bateria ganhando um olhar seco da Lovato.

– Nick.. - O mais velho dos Jonas repreendeu o caçula afinando a guitarra solo.

– Dem's?

– O que foi, Joe? - Ligou o amplificador já posicionando o pé na pedaleira.

– Pensei que iria ficar no teclado hoje. - Comentou receioso.

– Não estou com paciência. Se importa de ficar na meia lua? - Não esperou a resposta do garoto já batendo a palheta contra as cordas de aço.

O som distorcido logo preencheu o estudio improvisado. Joe deu a meia volta lançando um dedo obsceno para Miley que debochava do instrumento que sobrou para o garoto. Os outros não demoraram muito para a acompanhar. A melodia revoltada e um tanto quanto alta até podia incomodar os vizinhos mas estavam em seus horarios e respeitar regras era uma das poucas coisas que Demi e até mesmo Miley gostava de fazer. O timbre forte de sua voz se juntou ao back vocal formado pela baixista e Nick descontando os problemas e pensamentos da semana ali. Era sempre assim, todos os sábados as seis da tarde o alívio para sua alma era concedido. A música sempre a ajudava. Seja para acalmar ou revigorar.

Ao longo dos minutos Kevin percebeu que o repertório da vocalista andava um pouco revoltado, sinal de que a garota tinha tido uma semana confusa e que tristeza era o último sentimento que encontraria no corpo pálido e pequeno. Nick acelerou na bateria acompanhando o solo de guitarra sem perder o bumbo do baixo até que o som dos pratos tintilhou e o pedaço de madeira voou.

– DROGA! - O caçula gritou irritado ao notar a baqueta quebrada. - Continuem. - Instruiu assim que sentiu os instrumentos perderem a força.

Abaixou pegando a baqueta reserva voltando a introduzir o ritmo a música. Demi revirou os olhos mas a voz denunciava o sorriso que começava a aparecer nos lábios vermelhos. Já estava demorando para uma das baquetas ser destruída.

– A gente vai dar uma volta no centro mais tarde, talvez pegar um cinema. Quer ir? - Miley perguntou enquanto guardava o contrabaixo.

– E pagar de vela pra você e Nick? - A morena ironizou enrolando um cabo. - Dispenso.

– Joe pode ir.

– Não rola mais eu e Joe. - Estremeceu levemente com as lembranças.

– Quem mandou vocês se pegarem? - Ergueu uma sobrancelha com um sorriso sacana.

– Você é muito egoísta sabia? Quer duas velas, que coisa feia. - Meneou a cabeça fingindo desapontamento.

– Sempre fui. - Deu de ombros caminhando para a saída da garagem. - Se for me manda uma mensagem.

– Tá, vou pensar no seu caso. - Revirou os olhos.

Olhou em volta se encontrando sozinha na garagem pequena. Miley tinha levado o baixo, Kevin não se separava da guitarra e Nick já tinha despenado a bateria restando o bumbo e alguns tambores. Os instrumentos estavam devidamente arrumados exceto pelo teclado. Suspirou dando pequenos passos em direção ao companheiro. Ajeitou a banqueta e se sentou, nivelou o suporte para que o teclado ganhasse a altura ideal. Correu as pontas dos dedos pelas teclas de osso sentindo a vontade de arrancar o som melódico crescer mais e mais.

Formou o primeiro acorde batendo as teclas com delicadeza. Fechou os olhos assim que ouviu o som agradável. Guiou os dedos pelas teclas acertando cada escala, obtendo as notas certas para a música perfeita. Engoliu em seco sentindo o arrepio percorrer o corpo baixo, era incrível como a música lhe surtia aquele efeito, era loucura.

Abriu os olhos mirando o instrumento e acelerando o compasso. Mudou o tom ganhando uma entonação mais grave e sorriu ao notar a maravilha que tinha feito. Levantou a cabeça distraídamente olhando para o portão de entrada, um dedo escorregou perdendo a nota certa fazendo a melodia desafinar. Parou imediatamente.

– Não, não pare. - A voz rouca pediu calma. - Me desculpe por isso, é que escutei o som e queria ver quem estava tocando, mas se quiser eu posso ir.. - Apontou o polegar atrás de si.

– Não. - Demi negou rapidamente ganhando voz diante a imagem.

A garota que observava mais cedo estava bem na sua frente, e ela era ainda mais linda de perto. As feições pequenas lhe davam uma aparencia angelical, e a boca era tão rosada, parecia tão macia.. Demi fechou os olhos com força se negando a agir como uma idiota na frente da vizinha.

– Não? - A garota perguntou divertida.

– É. - Coçou a nuca pensando nas palavras seguintes. - Pode... ficar... Hum... Gosta de música? - Torceu a boca para a pergunta idiota.

A garota riu dando alguns passos em sua direção o que a deixou um pouco mais nervosa. Muita proximidade com seu sonho de consumo.

– Yeah. - Concordou parando de frente para Demi, o teclado entre as duas. - Gosto de música boa. Você tem os dedos bons para piano.

Demi abaixou a cabeça mordendo o lábio inferior se repreendendo por ter imaginado um duplo sentido na frase.

– Piano? - Franziu o cenho ainda encarando o teclado. - Você sabe que isso é um teclado certo? - Levantou o rosto para encarar os chocolates penetrantes.

– Você está me subestimando. - Comentou dando a volta para se sentar ao lado da Lovato. - A propósito, Selena Gomez. - Estendeu a mão em um cumprimento.

– Demi. - Respondeu em um fio de voz apertando a mão delicada sentindo a maciez da pele.

– Lovato. - Completou e reparando no olhar indagador da outra resolveu explicar. - Sua mãe foi nos dar as boas vindas no domingo. Disse que você estava em algum tipo de festa.

– Hum. - Virou o rosto para a frente tentando não pensar no que mais sua mãe havia falado.

– Ela não disse nada de constrangedor se é isso que está pensando. - Garantiu ganhando uma risada baixa de Demi.

– Você é algum tipo de vidente? - Perguntou risonha encarando Selena.

– Ainda não. Só gosto de conhecer o que me interessa.

Demi olhou surpresa para a garota notando que não tinha como aquilo ser imaginação de sua cabeça. Selena parecia mais interessada nas teclas do teclado. Uma melodia gostosa começou a sair a medida que os dedos finos apertavam as teclas pesadas.

– Começei a ter aulas de piano aos oito anos. - Selena começou a falar notando a mais baixa admirar sua performance. - Fiz cinco anos direto então decidi aprender violão de verdade, mas nunca fui muito boa então mudei para bateria. Era a única garota da classe, fiz dois anos e tive que parar. O colegial começou a exigir demais de mim, fiquei um tempo chateada por talvez não conseguir entrar para Julliard mas depois vi que com todo meu conhecimento de música clássica e as aulas que tive a única coisa que faltava era ter um histórico escolar impecável então é isso que venho fazendo desde então. - Deu de ombros ainda deslizando os dedos contra as teclas.

Demi a olhava ainda mais perplexa. Era um pouco impossível até de imaginar que a vizinha chegaria em sua casa, tocaria seu teclado e fizesse um mini resumo de sua vida. Selena parou de tocar esperando alguma reação de Demi.

– Quer ir para Julliard então? - Foi a única coisa que passou pela cabeça.

– É o único lugar que imagino estar. - Suspirou. - E você?

– Também.

Demi arregalou os olhos se levantando, nunca tinha falado sobre isso com ninguém. Todos pensavam que ela iria para Stanford cursar Direito, mas no silêncio de seu quarto os planos para ingressar em Julliard era o seu sonho. Selena deixou que um sorriso confortável aparecesse aos lábios e Demi não pode deixar de achar aquele sorriso incrívelmente perfeito, reparou nos chocolates brilhando.

– Por favor, não conte a ninguém. Quer dizer.. - Gaguejou nervosa.

– É segredo? - Selena se levantou parando de frente para a Lovato que concordou com a cabeça. - Sua mãe comentou sobre o curos de Direito. Fique tranquila. Não vou contar para ninguém e vou estar do seu lado para te ajudar. Claro, se você quiser. - Completou a encarando.

A energia irradiando dos corpos próximos. Demi sentiu dificuldade de respirar mas deixou um sorriso presunsoso tomar seu rosto de aspecto forte.

– Com toda certeza. - Respondeu firme notando o rumo daquela nova amizade.

– Ótimo. - Sorriu significativa se inclinando e depositando um beijo calmo na bochecha de Demi.

Demi fechou os olhos sentindo o ato se tornar um pouco mais demorado do que normalmente aconteceria. O coração saltando contra os ouvidos.

– Até mais. - Selena sussurrou antes de se afastar, puxou um cartão do bolso traseiro. - Aqui tem meu telefone. Em vez de ficar apenas nos olhando através da janela, me ligue talvez. 


Fiim..